Bolsonaro lidera ato na Paulista em defesa dos presos de 8 de janeiro
Milhares de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro se reuniram neste domingo (XX) na Avenida Paulista, em São Paulo, em um protesto que pedia anistia para os condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023.


"Maré Verde" invade a Paulista em ato histórico por anistia aos condenados de 8/1
Um mar de verde e amarelo tomou conta da Avenida Paulista neste domingo (6) em um protesto que misturou política, simbolismo e um toque de batom. Liderados por Jair Bolsonaro, milhares de apoiadores transformaram o coração financeiro de São Paulo em palco de um dos maiores atos políticos do ano.
Os números impressionam:
- 7 governadores estaduais no palanque
- Dezenas de parlamentares
- Um trio elétrico que virou púlpito político
- E centenas de batons erguidos como símbolo de protesto
O clima no protesto:
Às 14h, o ato começou com uma oração liderada pela deputada Priscila Costa, seguida por discursos inflamados. O tom foi de confronto direto com o STF, com o deputado Nikolas Ferreira chamando os ministros de "ditadores de toga".
O caso do batom que virou símbolo:
Michelle Bolsonaro transformou um simples batom em arma política, defendendo a cabeleireira Débora Rodrigues - a "pichadora do STF". Manifestantes exibiam batons reais e infláveis, transformando um objeto cotidiano em emblema de resistência.
Os governadores presentes formaram um bloco de peso:
- Tarcísio (SP)
- Zema (MG)
- Ratinho Jr (PR)
- Wilson Lima (AM)
- Caiado (GO)
- Mauro Mendes (MT)
- Jorginho Mello (SC)
A estratégia política:
Enquanto a base bolsonarista pressiona pela votação do PL da Anistia na Câmara, o protesto serviu como termômetro da força política do ex-presidente. O vice-presidente da Câmara, Altineu Côrtes, garantiu que há articulação para colocar o texto em pauta.
O simbolismo:
Mais que um protesto comum, o ato criou sua própria iconografia:
- Batons erguidos como espadas
- Faixas com "Anistia Já"
- Camisetas com referências ao 8/1
- Trio elétrico como centro de comando
O recado ficou claro: a base bolsonarista mantém-se mobilizada e disposta a transformar os condenados de 8/1 em mártires políticos. Enquanto isso, o batom da cabeleireira Débora virou, ironicamente, o novo símbolo dessa batalha política.